Abril Azul: Educação mais inclusiva mesmo com os desafios

Abril Azul: Educação mais inclusiva mesmo com os desafios

A campanha Abril Azul é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) e promove a conscientização sobre o autismo, dando visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Uma em cada 160 crianças no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), tem algum nível de TEA.

Em Alegre, a Secretaria Executiva de Educação (SEED) tem realizado avanços para acolher crianças com necessidades especiais na Rede Municipal de Ensino, proporcionando o desenvolvimento delas também fora da sala de aula.

Arte: SCOS.

A Pedagoga da Educação Especial de Alegre, Aline Vezula, mapeou os avanços mais recentes da Educação Especial na cidade, sem deixar de ser realista quanto aos desafios enfrentados para que o ensino alegrense seja cada vez mais inclusivo e comunitário, reconhecendo, e valorizando, as aptidões e singularidades de cada criança.

A especialista, que é neuropsicopedagoga e atua na Educação Especial há quase 20 anos, aponta que um dos principais desafios da inclusão é combater estigmas e preconceitos relacionados ao autismo. “Quando falamos de diversidade, há preconceitos e necessidades individualizadas que não podem ser generalizadas”, assinalou.

Pedagoga da Educação Especial de Alegre, Aline Vezula, em capacitação com equipe da SEED. Foto: SCOS.

Segundo ela, são aproximadamente 80 crianças com o diagnóstico de TEA, matriculadas na Rede Municipal, o que demonstra a importância de adaptar o ambiente escolar para atender a estas necessidades específicas. E esse número pode ser maior, de acordo a pedagoga.

“A falta de acesso à informação também pode dificultar o diagnóstico precoce, pois muitas vezes os sinais são identificados apenas quando a criança inicia a vida escolar. É fundamental aumentar o conhecimento e incentivar a busca por avaliações especializadas o quanto antes”, advertiu.

Foto: Reprodução.

A pedagoga destaca que os pais podem se informar diretamente com a escola de seus filhos ou com a Secretaria Executiva de Educação para obter orientações e recursos sobre autismo e Educação Especial.

“Para ampliar o acolhimento e promover a inclusão, estão sendo planejadas ações de sensibilização junto à comunidade escolar e parcerias com especialistas em autismo”, completou a pedagoga.

Confira abaixo os avanços mais recentes da Educação Especial no município de Alegre!

Capacitação da Equipe Escolar

Nos últimos quatro anos, houve avanços significativos na Educação Especial de Alegre, como a criação de três novas salas especializadas e programas de formação contínua para profissionais da educação.

Capacitação realizada em março, na qual participaram professores da Educação Especial. Foto: Gabriel Lemes/SCOS.

Os professores e equipe recebem capacitação regular para lidar com alunos autistas e outras necessidades especiais. Isso inclui formação específica em estratégias de ensino e abordagens inclusivas.

Os professores e equipe escolar passam regularmente por capacitações específicas para lidar com alunos autistas, incluindo a elaboração de Planos Específicos Individualizados (PEI) para cada criança.

Auxílio especializado e atuação dos novos cuidadores

A Secretaria Executiva de Educação (SEED) conta com uma equipe multidisciplinar composta por um pedagogo e dois psicólogos, dedicada a oferecer suporte às escolas e famílias. Um Processo Seletivo está sendo realizado para a contratação de um assistente social, que vai complementar a equipe.

Os cuidadores recentemente contratados, por meio de Processo Seletivo Simplificado, já estão desempenhando suas atribuições no suporte às crianças com necessidades especiais, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor.

Processo Seletivo foi aberto em fevereiro para o cargo de cuidador. Foto: Gabriel Lemes/SCOS.

O cargo foi criado na gestão que teve início em 2021, com essa finalidade de auxiliar na Educação Especial.

Estagiários também foram contratados para oferecer suporte individualizado aos alunos com necessidades especiais.

Você sabia?

O autismo pode ser identificado ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os 4 e 5 anos de idade.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de comunicação e/ou interação social.

Foto: Reprodução.

Algumas características como: dificuldade de interação social, dificuldade em se comunicar, hipersensibilidade sensorial, desenvolvimento motor atrasado e comportamentos repetitivos ou metódicos podem identificar a presença do TEA.

O autismo funciona em níveis, ou seja, ele pode se manifestar de forma leve até uma forma mais severa.

Esse diagnóstico detalhado será dado por um profissional da saúde.

Mais apoio fora da escola

Fora da escola, dentro do conjunto de ações da Secretaria Executiva de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) existem dois serviços tipificados, sendo executados por instituições parceira.

Um dos serviços é a Residência Inclusiva, destinada a acolher pessoas com deficiência, que têm vínculos familiares rompidos. O serviço é executado pela Associação Beneficente Dias Melhores (ABDM), parceira da SEASDH, que recebe cofinanciamento municipal e Estadual, que também trabalha com autistas.

Em 2022, a APAE realizou uma caminhada para conscietizar sobre o tema. Foto: SCOS.

Outra instituição que recebe co-financiamento municipal e Estadual para desenvolvimento das atividades é a APAE Alegre, tipificada como Centro Dia, atende pessoas com deficiência, dentre elas, autistas também.

Secretaria Executiva de Educação (SEED)
  • Endereço: Av. Olívio Corrêia Pedrosa, 380 – Centro.
  • Atendimento: Segunda-feira à sexta-feira das 07h30 às 11h30 e das 13h às 17h.
  • Telefone: (28) 3300-0105.
Secretaria Executiva de Assistência Social Direitos Humanos (SEASDH)
  • Endereço: Avenida Dr – Av. Olívio Corrêia Pedrosa, Centro. 
  • Atendimento: Segunda-feira à sexta-feira das 07h30 às 11h30 e das 13h às 17h.
  • Telefone: (28) 3300-0102.
Pular para o conteúdo