O dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, abre inúmeras possibilidades de discussões, informações, alertas e homenagens.
Dados do último Censo do IBGE apontam que as mulheres representam quase 70% dos profissionais que trabalham na Saúde, no Brasil.
Ao longo desta semana, a equipe da Superintendência de Comunicação Social (SCOS) preparou uma série de reportagens, relacionando assuntos relevantes para as mulheres e toda a sociedade alegrense.
Foram abordados temas como a violência doméstica e os mecanismos dos quais a cidade dispõe para o enfrentamento e acolhimento das vítimas.
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Os quatro anos da Política Municipal de Direitos da Mulher e qual o significado desse avanço, que converge setores públicos, privados e diferentes esferas em esforços que garantem igualdade de Direitos, foi uma das pautas.
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O empreendedorismo e as oportunidades de desenvolvimento e capacitação, sem ter de sair da cidade, por meio da Sala do Empreendedor, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semads), que trabalha ao longo do ano inteiro, abrindo portas para as mulheres, não ficaria de fora.
Também não podia ficar de fora, a Programação Especial do Mês da Mulher, desenvolvida pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, um grupo formado por referências femininas dos principais setores da cidade.
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Cuidado feminino, tendências de mercado e capacitação
No Serviço de Saúde Municipal de Alegre, de acordo com dados do Portal da Transparência 73 % dos colaboradores são mulheres.
Nas atividades diretas de assistência em hospitais e na Atenção Básica, 65% dos mais de seis milhões de profissionais do setor público e privado do Brasil são mulheres.
Algumas carreiras, como Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social, elas alcançam quase a totalidade, ultrapassando 90% de participação.
Em outras, como Enfermagem e Psicologia, os percentuais estão acima de 80%. Esses são justamente os cursos de destaque da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Alegre (Fafia).
Segundo a Coordenadora de Projetos, Mariela Pitanga, 85% dos alunos são mulheres. No final de 2023, havia 302 mulheres e 61 homens matriculados.
Ela relembra que a Fafia foi criada há 50 anos para suprir a demanda por formação de professores do “1º Grau”, nas áreas de Ciências, Matemática, Português e Estudos Sociais, além de oferecer o curso de Pedagogia. Hoje, a área de Saúde é o principal segmento para os alunos.
“A Enfermagem e a Psicologia são atualmente os principais cursos da faculdade. As cidades em volta de Alegre são referência na Saúde, geram postos de trabalhos, demandam por mão de obra. A oferta dos cursos na área da saúde é imprescindível e tem finalidade de proporcionar novas perspectivas de emprego, promoções ou novas oportunidades de carreira para os alunos de forma geral”, comentou a coordenadora.
Para ela, a vantagem numérica de mulheres no setor pode ser atribuída às aptidões consideradas tipicamente femininas, mas a capacitação é um fator determinante e diferenciador em qualquer carreira ou profissão.
“As mulheres muitas vezes são valorizadas por suas habilidades de comunicação, empatia e cuidado, características que são altamente valorizadas em muitas profissões na área saúde, como a enfermagem e psicologia. Além disso o setor da saúde frequentemente oferece uma gama de oportunidades de emprego com flexibilidade em termos de horários de trabalho, o que pode ser atraente para equilibrar uma carreira com responsabilidades familiares
Mulheres nos cargos de chefia na Saúde do Brasil
Na Fafia, o número de mulheres também é maior entre servidores (60%) e professores (55%).
Todos os cargos de gestão, como Coordenação de Colegiados de Psicologia, Enfermagem e Licenciatura, a Tesouraria, a Secretaria Acadêmica e de Projetos são chefiados por mulheres.
Assim como na Secretaria Municipal Executiva de Saúde (SESA), cujo o chefe da pasta é o secretário Emerson Gomes Alves e só a Diretoria não é ocupada pelas mulheres na Fafia.
Reforçando os alertas que o Dia Internacional da Mulher propõe, vale o registro de alguns outros dados sobre as mulheres que trabalham na Saúde brasileira.
Um estudo do pesquisador André Bonifácio, da Universidade Federal da Paraíba (UFP), respondido por 70% dos profissionais que atuam em Gestões Municipais de Saúde, revela que o perfil que caracteriza os gestores municipais do SUS é “de uma mulher branca, com aproximadamente 50 anos e pós-graduada, provavelmente formada em enfermagem e já atuou na atenção básica antes de assumir a gestão”, diz o pesquisador.
Ainda com base neste estudo, as profissionais mulheres que assumiram a Gestões Municipais em 2020, foram maioria na região Sudeste (58%), Sul (60%), Centro-Oeste (61%), sendo exceção somente da região Nordeste (39%) e Norte (47%).
Segundo relatório mais recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres, mesmo sendo maioria, quando alcançam posições de liderança no setor, ganham em média 24% menos do que recebem homens em cargos equivalentes.
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