A Inovação, por meio da criação de um ambiente favorável para o desenvolvimento tecnológico e sustentável, volta a ser tema de encontro entre os segmentos chave da economia e vida pública de Alegre e Guaçuí.
Nesta quinta-feira (9), acontece o 3° Workshop de Estruturação do Ecossistema Local de Inovação: Conectando Empreendedores e Academia e o Setor Público.
O evento é uma realização da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMADS) da Prefeitura Municipal de Alegre, em parceria com a Prefeitura de Guaçuí, tem apoio do Sebrae e acontecerá no Polo UAB-Alegre, no Campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), entre 13h e 17h30.
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O 1º Workshop de Estruturação do Ecossistema Local de Inovação aconteceu em fevereiro e teve como objetivo mapear, diagnosticar e medir a maturidade da região nos indicadores que possibilitam a implantação de um ambiente inovador.
Segundo o Superintendente de Meio Ambiente e Coordenador de Inovação da Prefeitura de Alegre, Willian Fadini Faian, a ideia geral da proposta é promover a colaboração entre o setor privado, o ambiente acadêmico e os setores públicos das duas cidades, para ampliar o conceito de forma prática em toda a região do Caparaó.
“Os encontros proporcionam esta oportunidade de interação e acesso dos participantes às ideias inovadoras, direcionadas para o desenvolvimento social, econômico, tecnológico e sustentável. O Ecossistema de Inovação é, portanto, um ambiente colaborativo, onde a criação de novas tecnologias ou negócios ganha incentivo e conta com o apoio de todos os segmentos da comunidade”, conceituou Faian.
“Setor acadêmico, presente!”
Se o primeiro workshop teve como objetivo mapear os níveis de propensão da região para absorver os conceitos de Inovação, o segundo encontro, realizado em abril, teve como objetivo identificar os atores que podem fazer a diferença na estruturação desse novo habitat de Inovação.
O responsável pela Incubadora de Inovação Sul Capixaba, ligado ao Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), João Victor Tardim, explica que o segundo workshop identificou os potenciais de empreendedorismo, pesquisa e negócios das duas cidades, assim como as dificuldades.
“Por meio dos encontros, os agentes ganharam estímulo. A Incubadora Sul Capixaba, por exemplo, é uma fonte de suporte, que pode ajudar empreendedores a obterem recursos, criando um cenário atrativo e estimulantes, além de facilitar a relação dos agentes com a inovação, que certamente vai ampliar a eficiência da prestação dos serviços públicos e melhorar muito a infraestrutura das cidades”, esclareceu.
“Plano de trabalho e governança na prática”
Com essa leitura do mercado e identificação do perfil dos agentes, já é possível planejar a Inovação, por meio de capacitação e mentorias, tanto para as demandas do Caparaó, quanto demandas específicas de Alegre e Guaçuí.
Os encontros já abordaram desde o diagnóstico da maturidade da Inovação na região à identificação de tendências de inovação, assim como das melhores práticas de integração.
Além dos setores públicos e acadêmicos, o empreendedorismo desponta como uma peça fundamental para espalhar os conceitos e soluções propostos pelos agentes durante as discussões conceituais.
“Este terceiro encontro tem como objetivo o debate e a criação de um plano de trabalho para os próximos anos e consolidar s funções de cada um dos agentes envolvidos. Assim, um cronograma será estabelecido para colocar em prática os conceitos da Inovação, segundo as atribuições delegadas aos representantes de cada segmento”, comentou Tardim.
Inova Alegre e o Empreendedorismo
Dentro dessa recriação do cenário de negócios da região, a partir da abrangente iniciativa das duas cidades, desponta a incubadora Inova Alegre.
Segundo o professor do Departamento de Engenharia Rural da Ufes, e responsável pela incubadora Inova Alegre, Samuel Assis, a inciativa visa alavancar o Empreendedorismo e a Inovação, a partir do ambiente acadêmico.
Esse movimento acontecerá com a criação de oportunidades para ideias e negócios de base tecnológica.
“O que naturalmente contribuirá para o crescimento das instituições de ensino e pesquisa e resultará na melhoria dos índices de desenvolvimento socioeconômico regional”, comentou.
“Ponte para difundir conhecimento”
Samuel explica que a incubadora é uma demanda da região, proveniente da necessidade de que uma entidade seja referência e assuma este papel de ponte, para que o conhecimento produzido no âmbito acadêmico seja revertido em negócios inovadores, na própria região.
“Apesar de nascer no seio da universidade, pretende-se com a Inova Alegre transpor os muros do Campus e atingir a sociedade alegrense e de toda a região sul do Espírito Santo”, projetou Samuel.
Para que todas essas metas sejam atingidas, ao final do encontro, a consultoria do Sebrae vai consolidar o diagnóstico da região.
“Esse especializado e meticuloso relatório dará as bases necessárias para a sólida edificação do modelo de atuação da incubadora. Esperamos, subsidiados pelo diagnóstico advindo da consultoria do Sebrae, construirmos uma Inova Alegre alinhada com as aptidões e, não obstante, às demandas da região, sendo ela um importante ator âncora nesse amplo ecossistema”, concluiu o professor.