Ecossistema de Inovação do Caparaó avança mais uma fase

Ecossistema de Inovação do Caparaó avança mais uma fase

Na próxima segunda-feira (3), as cidades de Alegre e Guaçuí darão mais um passo para que a Inovação se torne um Ecossistema na região do Caparaó.

O quarto encontro de “Estruturação do Ecossistema de Inovação”, com o tema “Construção da Governança” será ás 18h, no Polo UAB do campus de Alegre da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Os encontros são realizações da Prefeitura de Alegre em parceria com a Prefeitura de Guaçuí.

Segundo o Superintendente de Meio Ambiente e Coordenador de Inovação da Prefeitura de Alegre, Willian Fadini Faian, a partir deste encontro, serão estruturadas as atribuições de cada representante na gestão do Ecossistema de Inovação.

“Os gestores terão a tarefa de integrar os demais atores e estreitar as relações com agentes de setores do mercado e da sociedade identificados como prioritários, a partir das constatações dos três encontros anteriores”, explicou.

Arte: SCOS/PMA.
Atribuições na Governança

Um Comitê Gestor será composto por representantes das instituições e acompanhará o desenvolvimento dos trabalhos, lidando com pontos críticos e avaliando os resultados alcançados.

Já um Comitê Executivo, formado por servidores das Prefeituras de Alegre e Guaçuí, ficará responsável pelos processos de comunicação e organização dos eventos.

Membros de diversos setores compõem a estruturação da Inovação na região. Foto: SCOS/PMA.

Os comitês serão apoiados por grupos de trabalho criados para cada uma das seis vertentes do Ecossistema de Inovação: Ambiente de Inovação; Institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTI); Programas e Ações; Políticas Públicas e Capital.

Setores mais representativos da Região

Segundo o relatório resultante dos workshops, os setores mais representativos da região são o Agronegócio, a Produção de Alimentos, a Saúde, o Turismo e a Economia Criativa.

“Esses setores têm maior representatividade econômica e, portanto, maior demanda por soluções inovadoras. Identificamos esses setores como prioritários para a estruturação do Ecossistema de Inovação”, projetou Faian.

Foto: SCOS/PMA.

O 1º Workshop de Estruturação do Ecossistema Local de Inovação, realizado em fevereiro, mapeou, diagnosticou e mediu a maturidade da região. O segundo encontro, em abril, identificou os atores que podem fazer a diferença na estruturação deste novo habitat de Inovação.

Em maio, o 3º Workshop abordou a importância da operacionalização e monitoramento do Plano de Governança, validando o Plano de Ação estruturado no workshop anterior.

Parceiros

Até agora, participaram do planejamento do Ecossistema de Inovação representantes das Prefeituras de Alegre e Guaçuí; da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES); do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes); do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPI); da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (SECTI) e  SEBRAE.

Campus de Alegre da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Foto: Reprodução.

Representantes de outras instituições já fazem parte dos esforços para a estruturação do Ecossistema de Inovação, a exemplo da Associação Comercial, Agronegócio, Industrial e de Serviços de Guaçuí (ACISG); SICRED; Banco do Brasil; Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper); Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (CREA); Incubadora Sul Capixaba e empresas privadas como Mútua; MV Gestão Integrada e Conect Pag.

Potenciais e desafios locais para o Ecossistema de Inovação

Antes de partir para a execução das estratégias planejadas e das intervenções necessárias em curto prazo, foi constatado o nível de maturidade inicial do Ecossistema de Inovação na região.

A constatação de um estágio embrionário foi acompanhada pela identificação de pontos fortes e fracos, que delinearam as estratégias de ação a serem adotadas a partir da definição do papel de cada agente ou ator na formalização do Ecossistema de Inovação.

Representantes de diversos segmetos compõem o grupo de estruturação da Inovação. Foto: SCVOS/PMA.

Foram identificados pontos fortes e fracos em cada vertente necessária para que a Região do Caparaó se torne uma Região Capixaba de Inovação, Sustentabilidade, Soluções e Oportunidades.

Confira!

Pontos Fortes Pontos Fracos
AMBIENTE – Existência da Preincubadora e Incubadora Sul Capixaba
– Interesse no ambiente de inovação – Empresas com alto potencial
– Ausência de um Ambiente de Inovação
– Falta de uma cultura de inovação forte
– Amplitude do olhar
PROGRAMAS
E AÇÕES
– Identificação de empresas e instituições interessadas– Participação tímida de entidades de educação
– Pouca divulgação sobre o tema
– Ruídos de comunicação
– Frágil integração dos atores
– Falta de estímulo para a elaboração de programas
POLÍTICAS PÚBLICAS– Promoção do Ecossistema de Inovação – Interesse de entidades e poderes públicos – Capacidade de investimentos– Falta de envolvimento pleno do poder legislativo municipal – Falta de uma lei que regulamente a inovação
CAPITAL– Iniciativas em âmbito estadual
– Fundos de venture capital disponíveis
– Acesso limitado a recursos por empresas municipais
– Ausência de capacitação para concorrência em editais e licitações
– Cultura de investimento em empresas privadas
GOVERNANÇA– Prefeitura e governo investindo em ações pontuais
– Fácil identificação dos atores
– Carência de envolvimento entre empresas produtivas e criativas
– Déficit na criação de estratégias conjuntas  
Fonte: SEMADS.

Saiba Mais

O que é um Ecossistema de Inovação?

O Superintendente de Meio Ambiente e Coordenador de Inovação da Prefeitura de Alegre, William Fadini Faian, define o Ecossistema de Inovação como “um ambiente complexo, composto por diversos elementos interdependentes, que promovem o desenvolvimento e a implementação de ideias inovadoras”.

“Esses elementos podem incluir empresas, startups, universidades, centros de pesquisa, investidores, governos, incubadoras, aceleradoras, comunidades de empreendedores e outros atores relevantes” conceituou.

Soluções para o mercado e o poder público

Iniciado no mês de fevereiro, o Ecossistema Local de Inovação visa desenvolver soluções de mercado.

Um Ecossistema de Inovação, portanto, consegue atingir o equilíbrio e integração dos elementos de maneira eficaz, criando um ambiente que possibilita o surgimento, o crescimento e a valorização de ideias inovadoras.

Escritório de Inovação

A Prefeitura de Alegre segue viabilizando parcerias para colocar em pleno funcionamento, ainda nesse ano, o projeto do Escritório Local de Promoção da Inovação.

A ideia é contar com salas a serem disponibilizadas para a Incubadora em fase de criação dentro do Centro de Ciências Agrárias e Engenharias (CCAE) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) a “INOVALEGRE’’.

Estruturação do Ecossistema de Inovação: Construção da Governança
  • Quando: Segunda-feira (3), às 18h.
  • Onde: Polo UAB do campus de Alegre da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
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